segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A arte de compor

Composição

  Composição em artes plásticas assim como na música é um grande desafio. Compor não é uma tarefa fácil, os artistas são artistas por conseguirem com certa facilidade realizá-la. Para compor uma música é necessário saber com profundidade os elementos que a integram. Assim também é  nas artes plásticas ou artes visuais. Saber usar os elementos de maneira que formem uma imagem harmoniosa e que expresse algo vivenciado pelo autor da obra é a grande habilidade que faz do artista um grande artista.
  Há na composição plástica os elementos estruturais e os elementos intelectuais. Os elementos estruturais são aqueles que formarão a imagem, são eles: o ponto, a linha, a forma, a cor, a textura, o volume, etc. e os elementos intelectuais são as relações estabelecidas entre os elementos estruturais e que ajudarão naquilo que se quer expressar, são eles: o equilíbrio, o ritmo, o movimento e a unidade. Em uma obra estes elementos se misturam, podendo haver um ou mais elementos estruturais e uma ou mais relações intelectuais entre eles que se destaque mais na obra.
   Confira no vídeo:



Vamos analisar alguns desenhos de alunos talentosos:



Neste desenho de Pablo, ele usou caneta esferográfica num desenho totalmente despretencioso, pois foi desenhando sem se preocupar muito, usando apenas sua intuição. Daí surgiram imagens bem interessantes. O uso da linha poligonal ajuda a expressar uma certa agressividade que é atenuada com as linhas curvas. A composição usada, portanto, é centralizada na folha, apresenta bastante movimento conseguido com as linhas curvas e diagonais e  ritmo com os pontos triangulares. Parabéns!



Neste desenho de Rafaela, foi usada uma linha horizontal que dá amplitude ao desenho e enfatiza a força e imponência do castelo que é conseguido com várias linhas verticais. Ela conseguiu uma composição interessante ao posicionar o castelo acima da metade da folha e abaixo deixar sua imaginação "correr" com alguns acontecimentos fora do castelo: uma carruagem que se aproxima sobre a ponte elevadiça, vassalos com suas criações, um enforcado e ao que parece, um cavalo de Troia, peixes e barcos. No castelo, alguns detalhes interessantes: a princesa que olha pela janela, os pequenos e o grande canhão mostrando a fortaleza do castelo, muito legal!!


No desenho de Stefany Vitória,  a interpretação visual de uma música foi sua inspiração. Então, em sua composição, ela centraliza o quê é a ideia principal da música e posiciona os outros elementos figuras humanas e pedaços da letra da música de forma dispersa, mas ela consegue criar unidade no desenho com o tratamento colorido em preto envolvendo as figuras. Boa solução! Ficou ótimo!


No desenho de Paulino, que apresenta um título, parece ser a ilustração de uma capa de revista. O desenho da figura de um homem com suas espadas (bem agressivas) em primeiro plano, e portanto, maior, reforça a ideia de deus e a sua agressividade, a intenção da guerra. Ele vai de encontro a uma fortaleza, e suas armas revelam sua intenção, esta ideia é conseguida ao se colocar o gigante em posição lateral da folha com seu olhar voltado para a outra extremidade da folha numa composição diagonal. A agressividade da cena é atenuada pelas linhas suaves das nuvens.

Todos foram desenhos livres, ou seja, com a proposta de estarem livres para imaginarem o que quisessem em seus desenhos.



Composição na fotografia

  Para se tirar uma foto, além da habilidade em lidar com os recursos da máquina, o fotógrafo será um grande fotógrafo se souber compor bem a sua imagem. Usar ângulos ousados ou que ajudem naquilo que quer expressar.

Vejam esta foto incrível de Ricardo Duarte. A foto não seria nada se não fosse a imagem do rapaz no skate, que é na verdade o seu motivo principal. Ele não foi posicionado no centro mas no lado superior direito fazendo com que nosso olhar percorra de uma ponta à outra da foto e é o que dá movimento à imagem. A escada além de ritmo contribui para mostrar o percurso do rapaz.




Já nesta outra foto a criança com sua espontaneidade ocupa quase todo o espaço, pois é aquilo que o fotógrafo quis mostrar, a beleza da ingenuidade de uma criança e sua alegria espontânea. O contraste com o fundo mais escuro e de linhas retas contribui ainda mais para realçar a gargalhada da criança.
Parabéns! Ficou ótima.



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Mangá

Mangá, paixão de jovens artistas

A paixão pela cultura japonesa começa em muitos jovens através do contato com os mangás (quadrinhos japoneses) e animes (desenhos animados). Os jovens citam a integridade de valores como um dos atrativos, não só dos mangás, como da cultura japonesa em geral. Mas o sucesso da cultura japonesa nos outros países se deu por causa de um pesado investimento pelo Japão na indústria do entretenimento visando a exportação. E o resultado é esta febre, no Brasil e em vários países, pela arte da cultura japonesa.
Isadora B., aluna do 3º ano do 2º ciclo (antiga 5ª série) demonstra seu talento e interesse pelos quadrinhos japoneses.



quarta-feira, 24 de junho de 2015

"Tudo começa num ponto" Kandinsky

Wassaly Kandinsky

O mestre do abstracionismo, a Kandinsky (1866 - 1944)  se atribuiu a pintura do primeiro quadro abstrato em 1910, pois foi quem descobriu que a "necessidade interior", única capaz de inspirar a verdadeira arte, o obrigava a deixar para trás a imagem representacional (W Beckett). Ou seja, a abstração vem de uma representação de algo interior, transcendente, longe de uma imagem que represente algo da natureza. Para isto os artistas se valem dos elementos visuais. O ponto, a linha, a forma, a cor, a textura, são os elementos mais usados. Como disse Kandinsky: "Tudo começa num ponto", e estes elementos são usados pelo artista para provocar determinadas sensações no espectador.


Quadro com Pontas, 1919

Improvisação 11, 1910

Kandinsky tem em suas obras influências da arte popular de seu povo russo do norte da Sibéria 

 Roca de fiar

 Roca de fiar do séc XIX


A linha, o segundo elemento das artes visuais,  é usada nos desenhos figurativos de Emanuel, aluno que se dispôs a representar objetos cujas linhas de contorno e alguns detalhes chamaram-lhe a atenção.





Agora, assista  este vídeo que inicia de forma básica os conceitos de elementos visuais, ou seja do alfabeto visual.